sábado, 30 de janeiro de 2010

A estranha necessidade de gerar o próprio filho

Por que será que a mulher quer ficar grávida? Quero dizer, não é só o fato de ter uma criança para chamar de mamãe, mas existe a necessidade de gerar o próprio bebê. Mesmo que isso inclua coisas desagradáveis como enjôos, cólicas, dores na coluna e blá, blá, blá.


Há tempos atrás, eu mesma já comentei que Deus poderia ter feito isso de uma forma mais simples: os bebês poderiam ser cultivados em um jarrinho como uma flor. Mas hoje, incrivelmente, eu prefiro o barrigão. Estar grávida, e ter todo o paparico das pessoas ao redor, não tem preço.

Não é legal sentir vontade de comer doce de melancia às duas da madrugada e ter um batalhão de gente correndo atrás do seu desejo? Eu diria que é o máximo receber presentinhos quase todos os dias e ficar horas discutindo qual vai ser o nome do bebê. E deve ser mais que fantástico imaginar como ele vai ser ou comprar a primeira roupinha.

Então, mundo grávido ao meu redor, aproveite esse momento único!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O mundo está grávido

Estou sentada no vaso, segurando um recipiente minúsculo de colher xixi. Não é uma boa maneira de começar uma estória, eu sei. Mas essa é quase a milésima vez que faço esse procedimento nada agradável, certamente, porque você corre o sério risco de molhar a mão com xixi e... Já chega!


O cara da farmácia até já me conhece, e, quando coloco os pés lá dentro, posso vê-lo percorrer a prateleira com os olhos em busca de testes de gravidez. Penso seriamente em variar um pouco e comprar em outros lugares nas próximas vezes.

Não é obsessão, nem nada desse tipo, mas de uns tempos para cá, algum sininho tocou no meu ouvido e acordou a mamãe que existe em mim. Como ela pode ter dormido por tanto tempo? Quero dizer, como essa coisa tão forte pode ficar escondidinha por toda a minha vida?

Abro a embalagem com cuidado e retiro o palitinho, rezando para que algum milagre aconteça e duas listras apareçam. Não é muito mais estranho fazer o teste sabendo, no fundo, no fundo, que vai dar negativo? Para ser franca, nunca pensei como seria se realmente duas listras aparecessem. É como se fosse um sonho. É como quando eu era adolescente e pensava que um dia iria casar, mas nunca conseguia ver isso como uma coisa concreta.

O palitinho está mergulhado no xixi e rapidamente uma listra aparece. A embalagem diz para esperar cinco minutos para ver o resultado, mas com a experiência que tenho, isso parece bobagem. Ainda assim, um pingo de esperança que me resta, espera os cinco minutos e ainda procura vestígios de uma listra rosa bem clarinha, mas ela não aparece.

Então, por enquanto, Dona Cegonha está com preguiça. Talvez viajando por aí, bem longe da minha casa, fazendo o mundo grávido ao meu redor.

 
Xixi no copinho???? Acostuma, bem!